Muito mais que contabilidade, uma parceria estratégica em todos os momentos do seu negócio.
Ministro da Economia reforça que vacinação garantirá rápida recuperação da atividade em 2021
Antecipação do abono salarial e do 13º do INSS e a volta do Bem e do Pronampe ocorrerão em breve, apontou Guedes
Com a aceleração da vacinação em massa da população brasileira contra o vírus da covid-19, o governo está colocando em prática a melhor política para garantir a saúde da população, construindo condições para o retorno seguro ao trabalho e, consequentemente, fortalecendo o cenário para a retomada do vigor da economia nacional em pouco tempo. Esse foi o posicionamento apresentado nesta sexta-feira (9/4) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao participar do evento virtual “Brazil Investment Forum”, promovido pelo Bradesco/BBI.
A vacinação em massa, agora, é a melhor política fiscal, social, solidária, que vai reativar a economia”, defendeu Guedes.
No debate, Guedes defendeu a participação do setor privado no processo de obtenção de vacinas. “Temos de vencer, derrotar essa doença. O setor privado pode e deve se envolver nisso”, afirmou, defendendo que, nessa linha de ação, as empresas contribuam com o fornecimento de vacinas para o Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro argumentou que essa contribuição à rede pública é necessária para permitir que o país avance rapidamente também na imunização dos trabalhadores informais, desempregados e da população mais desassistida.
Segundo o ministro da Economia, o mesmo cuidado que o país teve ao proteger os cerca de 40 milhões de invisíveis (cujo principal instrumento de proteção foi a concessão do Auxílio Emergencial) deve ser mantido na imunização contra o coronavírus. Dessa forma, em poucos meses a maior parte da população estará protegida, permitindo a volta segura ao trabalho dos formais e informais.
O ministro afirmou que medidas adicionais de apoio ao setor produtivo para o enfrentamento dos efeitos da pandemia deverão ser lançadas, mas com responsabilidade fiscal. “Vem aí também a antecipação do abono salarial, a antecipação do 13º do benefício de aposentados e pensionistas”, afirmou. Com estas iniciativas econômicas e a aceleração da vacinação, os impactos da pandemia serão bem menores em 2021, permitindo ao Brasil rápida retomada do caminho do crescimento sustentado, baseado em investimentos externos.
“Nossas políticas fizeram que o padrão da recessão gerada pela pandemia fosse diferente das recessões que tivemos no passado”, afirmou Guedes, ao apontar que o Brasil terminou 2020 com a geração de mais de 140 mil empregos formais. No começo deste ano, o país seguiu criando postos de trabalho, teve recorde de arrecadação e retomada do nível de atividade econômica. “Desta vez a queda vai ser muito menor e recuperação, mais breve”, concluiu. Ele lembrou que a agenda de reformas avançou mesmo durante a pandemia e destacou os leilões de infraestrutura realizados esta semana, nos quais foram repassados para a iniciativa privada 22 aeroportos, uma ferrovia e cinco terminais portuários.
Durante o evento Paulo Guedes destacou também que governo e Congresso estão trabalhando juntos para solucionar questões que envolvem o Orçamento da União de 2021 e que esse debate não afeta as ações econômicas e de saúde de combate à pandemia. O sinal importante a ser destacado, frisou Guedes, é que a agenda liberal está avançando, preparando o país para um novo ciclo de crescimento. “Há uma aliança política em andamento”, destacou, lembrando de conquistas recentes, como a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central, o encaminhamento das privatizações da Eletrobrás e dos Correios e a Nova Lei do Gás, sancionada nesta quinta-feira (08/04).
Programas
Os protocolos construídos ao longo do ano passado estão sendo decisivos no atual momento, permitindo ao país enfrentar o fortalecimento da pandemia neste começo de 2021. Dessa forma, explicou Guedes, programas bem-sucedidos lançados em 2020 estão prestes a retornar, como o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ele destacou que essas duas linhas de ação têm eficácia socioeconômica comprovada, com despesas relativamente baixas para o governo.
Conforme explicou Guedes, o relançamento do desses programas seguirá as regras do Novo Marco Fiscal (Emenda Constitucional nº 109), sem exigir o acionamento do “estado de calamidade”. O ministro disse que essa estratégia é importante para limitar os gastos do governo e evitar o “endividamento em bola de neve”, ou seja, o descontrole das contas públicas. A hipótese mais provável, apontou, é que o retorno do BEm e do Pronampe seja realizado com base em crédito extraordinário a ser solicitado ao Congresso.
Com o BEm, 11 milhões de empregos formais foram preservados no ano passado, apontou o ministro. Por meio desse programa, o governo realizou pagamentos diretos aos trabalhadores que formalizaram acordo com os seus empregadores para suspensão do contrato de trabalho ou redução proporcional de jornada de trabalho e de salário. A medida preservou mão de obra e evitou o aumento do desemprego, explicou Guedes. Já o Pronampe fortaleceu o crédito a micro e pequenas empresas, a partir de garantias concedidas pela União, dando suporte financeiro a esse segmento diante dos impactos econômicos da pandemia.